quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Intensidade

Hoje tive tempo para fazer uma prática como eu gosto: fechar os olhos e deixar-me levar, sem pensar, sem preocupações com horas. 

Estar presente em cada respiração, em cada pequeno movimento, da mais pequena parte do corpo. 

Sentir-me ligada a mim. É isso que me faz querer voltar sempre ao meu tapete de yoga. São momentos em que estou mesmo presente em mim. São momentos de intimidade com o meu Ser.

Para mim, isso é a essência de tudo. 

Quanto às práticas, acho que há dois tipos de intensidade: um, que tem a ver com o maior, ou menor, grau de dificuldade dos exercícios, que eu chamo de "intensidade bruta". Está ligada ao esforço físico que os exercícios exigem. Mas, para mim, essa é a intensidade que menos interessa.

O outro tipo de intensidade, não tem tanto a ver com os exercícios em si, mas com o nosso grau de entrega à prática. Essa é a mais importante.

É essa entrega total, essa presença, essa ligação a nós, a partir de dentro, que consegue transformar práticas simples, em experiências extremamente profundas, fortes e, lá está, intensas.

Pensando bem, é assim no que toca à prática de yoga, mas também em relação a tudo na vida. As coisas têm, apenas, o valor que lhes damos. Têm, apenas, a força e o poder que lhes damos. Têm, apenas, a importância que lhes damos.

Mais do que o que fazemos, é como fazemos. 

As coisas são, o que nós fazemos delas.





1 comentário:

  1. Lindo! Adorei! Cada vez estás mais pertinente. Adoro estas tuas "receitinhas" .

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