quarta-feira, 13 de novembro de 2013

There are no limits...

Só se vencem os medos, enfrentando-os. Surgiu-me este pensamento no final da minha prática. Aproveitei o impulso, para fazer uma coisa que andava para fazer há uns dias e que não tinha ainda feito por "medo". Não é nada de especial, mas desafia-me o suficiente para que o medo intervenha e bloqueie a acção.

Todos nós temos muita teoria sobre como viver a vida. Porque não aplicamos o que sabemos? "Não importa o resultado, o que importa é tentar!", quem nunca ouviu, ou disse isto a si próprio, ou a alguém, com estas, ou com outras palavras? E é isso que fazemos? Nem sempre... 

Também vos acontece (ou será só a mim?), pensar em todos os resultados possíveis para uma acção, numa tentativa, por vezes inconsciente, de controlar o resultado, de termos uma garantia de que as coisas vão dar certo, antes mesmo de as fazermos? Resumindo, também vos acontece (ou será só a mim?), pensar demais??? E enquanto pensamos e não pensamos, o tempo passa. E nós, nada fazemos do que queremos.

Num momento, temos total certeza do que queremos, sentimos, no mais profundo do nosso Ser: "Este é o caminho!". Mas o tempo vai passando. E quanto mais distante fica esse momento de certeza, mais dúvidas vão surgindo. Damos espaço à cabeça para questionar, para corromper o que sentimos com o medo. O que antes fazia todo o sentido, com o tempo, vai parecendo "maluquice". 

Dizemos que a vida é curta, não sabemos se amanhã estaremos cá. Sentimos mesmo isso, de coração? Não. Se sentíssemos, se em vez de "fugir da morte", a tivéssemos como conselheira, a vida seria muito diferente. Racionalmente, sabemos que amanhã (ou daqui a uns minutos!) podemos não ver o dia. Mas, no fundo, no fundo, acreditamos que vamos estar cá amanhã, depois de amanhã, depois de depois de amanhã... 

Vivemos como se esta viagem nunca fosse ter um fim. E, por isso, vamos adiando o que precisamos fazer, o que queremos fazer. Ficamos "presos" na nossa "zona de conforto", que nos dá o bem estar de uma realidade já conhecida. O desconhecido assusta. De tal forma, que muitos preferem permanecer desconfortáveis na "zona de conforto", do que arriscar e fazer diferente. 

O mais engraçado é que, quando nos desafiamos a enfrentar o medo, percebemos que ele só existia na nossa cabeça. O "perigo" não era real, não havia o que temer. E quando isso acontece, sentimo-nos tão fortes! Mais uma batalha ganha. 

As principais batalhas são dentro de nós. Os maiores atos de coragem, são os que acontecem dentro de nós. Olhar de frente para os "fantasminhas" que temos guardados no nosso baú, mergulhar nos abismos da nossa mente, exige muito mais coragem do que saltar de páraquedas!



2 comentários:

  1. "Isto" está a melhorar de dia, para dia.
    A Catarina é mesmo um poço de bom senso.Ainda por cima,consegue uma coisa extraordinária, que é falar para os outros na primeira pessoa do singular, como se nós não estivéssemos muito mais "atrasados", poupando-nos à exposição das nossas próprias limitações.Com estas chamadas de atenção, não tenho dúvida nenhuma de que só não aprende, quem não quiser.Deus te abençoe Catarina.

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