segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Não tens tempo?!

Já não é a primeira vez que coloco esta imagem no facebook, mas gosto tanto dela :) digam lá se não é verdade? "Não tenho tempo" é das desculpas que mais me dão para não terem as vossas práticas em dia. Mas a verdade é que não estamos a ser sinceros a maior parte das vezes. "Não tenho tempo" significa que, do tempo que tenho, já o preenchi com outras coisas. Por isso, tem mais a ver com as nossas prioridades, do que com tempo. Não tem mal nenhum preferir, por exemplo, gastar o tempo no facebook em vez de praticar yoga ou outra coisa qualquer. Mas ao menos, sejamos sinceros connosco: não faço yoga porque não quero, porque não tenho disciplina, ou porque prefiro fazer outras coisas. Não por falta de tempo!

domingo, 29 de setembro de 2013

Ásana de hoje - Matsyásana

Matsyásana - a compensação da invertida sobre os ombros, Na imagem, a posição é feita com a elevação das pernas, que é uma variação possível. Um dos principais benefícios destas posição é a expansão do peito, que será ainda maior se acompanhada de respirações profundas. 
  Há diferentes variações: pernas elevadas ou no chão, cabeça pousada no chão ou fora do chão. O ideal, é que o peso esteja nos cotovelos e na bacia, para que a cabeça pouse no chão sem pressão para o pescoço. Principais benefícios:

- abertura do peito
- fortalecimento dos músculos das costas
- bom para quem tem asma
- junto com sarvangásana, regula o funcionamento da tireóide,
- etc.

O tempo de permanência deve ser, pelo menos, metade do tempo da invertida sobre os ombros.


Ásana - Karnapidásana

Karnapidásana - pode dizer-se que vem no seguimento do halásana e com benefícios semelhantes.

sábado, 28 de setembro de 2013

Halásana - a postura de hoje

Continuando com as posições que nos fazem ver o mundo de pernas para o ar, hoje é a vez do Halásana.





É quase sempre feito a seguir ao Salamba Sarvangásana, a invertida sobre os ombros. Alguns dos efeitos do halásana:

- estimula os orgãos abdominais e a tireoide
- alonga toda a parte posterior do corpo, incluindo a coluna vertebral
- ajuda a combater a insónia
- reduz o stress e o cansaço
- etc.

No caso dos pés não chegarem ao chão, não forcem. Uma das principais regras da prática de ásana é usar o bom senso. Se praticarem regularmente, os pés acabarão por tocar o chão, sem que tenham de forçar.

Lembrem-se: a regularidade da prática é a chave para que consigam evoluir.

De que estão à espera? :)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Yoga abre caminho

Hoje, no início e no final da minha prática, tive a mesma sensação: o yoga abre caminho :)
Abre caminho para o nosso centro, a nossa essência, a voz da nossa consciência. Por vezes, temos tantas vozes ao mesmo tempo na nossa cabeça, quase sempre apontando para direcções diferentes, que fica difícil saber a qual devemos dar ouvidos. Ainda por cima, a voz que nos aponta o caminho certo, é a que vem lá de dentro, do lugar mais profundo em nós, sendo assim mais difícil de ouvir, tal é a tagarelice de todas as outras que andam aqui apenas a chatear.

 Assim que comecei a praticar, o barulho diminuiu e a voz certa fez-se ouvir, ajudando-me a aquietar sobre um assunto sobre o qual andava com muitas dúvidas e demasiada especulação mental. Claro que este efeito não dura sempre :) é por isso que a prática tem de ser regular! Quando os pensamentos estão fortes, nós estamos fracos. Eles alimentam-se da nossa energia. Quando nós pomos ordem cá dentro, eles ficam mais fracos e nós mais fortes. Este jogo de forças é constante. A prática também precisa de o ser :)

Depois, mais para o fim da prática, tive a mesma sensação, mas no que toca ao corpo. O yoga vai abrindo caminhos no corpo. Caminhos que estão por explorar, fechados por montes de rigidez muscular, toxinas, maus hábitos, falta de uso, etc :) e, exactamente como quem vai pelo mato, com vegetação cerrada, abrindo caminho, o mesmo fazem os ásanas no corpo. E quanto mais praticamos, mais limpos e abertos ficam esses caminhos, mais limpo, aberto e flexível fica o nosso corpo. Quando praticarem ásana, lembrem-se que estão a esculpir um novo corpo!
Já que falei em ásanas, fica aqui mais um.
Esta posição é feita por muitos de vocês "acidentalmente" :) como não conseguem alinhar bem o corpo na invertida sobre os ombros, acabam por ficar nesta - Viparita Karaniásana. Quase que se pode dizer que é uma variação de Salamba Sarvangásana, com efeitos semelhantes.
Uma ou outra, o que importa é fazer!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Invertida sobre os ombros

Este é um dos ásanas que praticamos em todas as aulas - Salamba Sarvangasana - mais conhecida como invertida sobre os ombros. Estes são alguns dos seus principais benefícios: 

- reduz a hipertensão
- ajuda a tratar constipações e sinusite
- ajuda a tratar hérnias
- melhora o funcionamento da tireoide
- combate a insónia e acalma os nervos
- alivia a asma, bronquite e dores de garganta - e muito mais...

terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Tudo o que procuramos, também nos procura..."

Esta mensagem já me chegou várias vezes, de várias pessoas diferentes, naqueles emails colectivos que se mandam para não sei quantas pessoas importantes para nós e que temos que fazer o mesmo para não quebrar o ciclo, etc. Eu quebro sempre :D mas o início da mensagem é bem verdadeiro e acho que serve para todos. A mim, esta mensagem tem-me chegado nos momentos em que preciso lembrar-me de não correr atrás das coisas e ter paciência e confiança. Cá vai ela: 

"Dizem que tudo o que procuramos, também nos procura a nós e que, se pararmos quietos, nos encontrará." :) 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Yoga - vá para fora cá dentro

Há bocadinho, quando estava a terminar o meu relaxamento, veio-me à cabeça que o yoga é o verdadeiro "vá para fora cá dentro" :) sem que o corpo saia do sítio, é cada viagem para cada lugar fantástico! Incrível o universo inexplorado dentro de nós. Nestes momentos, gratidão é o que sinto :)

Hoje tive outro momento em que fui inundada por uma imensa gratidão para com esta maravilhosa vida, que é um milagre. Tão frágil, tão maravilhosa. De manhã, o despertador tocou as 6.15h... Claro que sou assaltada por todo o tipo de pensamentos do género: "hoje não vou dar aula" :) o sono e a preguiça jogam duro aquela hora da manhã. Mas depois de me levantar, especialmente em dias de sol, adoro começar o dia cedo, sentir a energia da manhã. Bem, para aproveitar o bom tempo, temos tido aulas no jardim da casa do meu aluno em Esmoriz. Aulinha ao som dos pássaros, a brisa leve, o sol na temperatura ideal...e hoje, uma música maravilhosa que ele escolheu para a aula. Ao fazermos a meditação, gratidão foi o que senti. Gratidão por estar viva, gratidão por poder vivenciar momentos de paz interior como aquele, gratidão por tudo o que a vida pôs no meu caminho até hoje e que me trouxe até onde estou e me fez ser quem sou. E já que digo que a gratidão é uma excelente prática de yoga, hoje comecei muito bem o dia :D

Claro que nós sabemos como são as nossas cabeças... Nem sempre sentimos coisas tão bonitas. Mas se só houvesse luz, não lhe daríamos valor :) se há alguma coisa permanente neste universo, é a impermanência das coisas. Tudo muda. Tudo passa. Tudo é diferente a cada instante, mesmo que não o percebamos. E isto não é mau. Na verdade, nem é bom, nem é mau. É a natureza da vida. Compete a nós fazer com que as mudanças sejam positivas ou negativas.

Não vemos a realidade como ela é. Vemos a projecção que a nossa mente tem das coisas. Esse é mais um dos convites do yoga: não intelectualizar, observar sem julgamento, para podermos VER sem influência do que a nossa mente está formatada para ver. Transformarmos a nossa mente "julgadora", numa mente "observadora".

Nem sei o que estou para aqui a escrever :) e se fosse ler o que está para trás, com certeza carregaria no delete :) tanto blá blá blá, quando o que queria mesmo dizer era isto: a cada instante, a nossa realidade interior muda. A cada instante, até o nosso corpo físico muda. Por isso, ao praticar, especialmente os ásanas, temos de estar presentes no "agora" e não projectar o passado no presente. Hoje fiz uma prática forte, estava cheia de força, até eu fiquei admirada. O corpo correspondia ao que queria, estava bem solto, a respiração tranquila. No entanto, ontem, foi o oposto. O corpo disse-me que estava cansadito :) optei então por uma prática mais suave, sem muitos execícios musculares, mais posições no solo, etc. Se ontem tivesse forçado e tentado fazer o que fiz hoje, não teria dado bom resultado. Talvez tivesse ficado dorida, o corpo ainda mais cansado e hoje não teria dado rendimento nenhum.

Por isso, sempre vos digo e continuarei a dizer nas aulas: não importa se em determinado exercício normalmente conseguem chegar com as mãos ao chão, com a barriga às coxas, etc. A cada prática, esqueçam as outras práticas e ouçam o que o vosso corpo vos diz nesse momento e não o que ele vos disse ontem. É comum ver pessoas fazerem mal os exercícios e estarem com o corpo mal alinhado, por essa razão. É a cabeça que decide onde vão chegar na posição e tentam lá chegar a todo o custo, mesmo que para isso tenham de estar todos tortos, a respirar mal e porcamente e a tremerem que nem varas verdes. Não façam isso... Sintam o vosso corpo, estejam presentes em cada momento, ouçam o que o corpo vos diz a cada instante. Há dias em que estamos mais fortes e flexíveis, há dias em que estamos tão duros que parece que engolimos um pau e com menos força.

Pratiquem com consciência, usem o bom senso, respeitem os vossos limites do momento, porque essa é a melhor forma de os quebrar. Não se iludam com a forma das posições, não se comparem com os outros colegas, não deixem que seja o ego a comandar a vossa prática.

Todo este texto podia reduzir-se ao último parágrafo hehehe
Boas práticas a todos!

sábado, 14 de setembro de 2013

O que é o yoga para mim

Difícil traduzir o yoga em palavras... Mas uma das coisas que me vem à cabeça é "integração". A maioria das pessoas vive ligado ao mundo exterior, sem consciência da sua realidade interior. Para mim, o yoga significa viver mais consciente e plenamente. É um caminho, ao mesmo tempo um meio e um fim, que me permite "ir para dentro" e explorar a minha realidade interior. E quando unimos a "vida de fora" com a "vida de dentro", aí sim, VIVEMOS.
O yoga permite-nos ser genuínos! Não é porque somos praticantes que temos de falar, comer ou vestir de determinada forma. Se o yoga visa "descondicionar", cuidado para, ao começarem a praticar, não trocarem simplesmente uns condicionamentos por outros. O que mais importa, está para além de qualquer forma. O que não é o yoga para mim? "Ter de" comer, falar, vestir ou comportar-me de determinada forma. "Ter de" ouvir mantras ou música suave, comer tofu ou lentilhas, nunca perder a calma, deixar de dizer OLÁ e começar a dizer "Namaste" e um monte de outras coisas que muita gente parece pensar que é suposto, quem pratica yoga, fazer. Se fazemos isso porque vem de dentro, ok. Se fazemos isso porque é suposto...
A mudança vem de dentro para fora, não de fora para dentro. E o problema é que às vezes é tão difícil distinguir quando fazemos algo porque vem do coração, ou quando é apenas mais um condicionamento. E achamos que agora somos muito zen porque mudamos tanta coisa na vida, mas enquanto seres, continuamos no mesmo sítio, mas agora vestidos com roupas mais alternativas e a comer tofu. Caí nesta ilusão muito tempo!
Bem, acabei agora a minha prática e isto escapou-me pelos dedos. Hoje integrei duas coisas que acompanham a minha vida desde os 17 anos: a prática de yoga ao som da voz de Eddie Vedder. A banda sonora da minha vida :)
 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O que importa é praticar

Pode haver uma hora do dia ideal para praticar meditação, para fazer a prática de yoga. Mas mais importante do que a preocupação com a hora certa, que pode tornar-se mais uma fonte de preocupação e stress, transformando o yoga em mais uma tarefa da agenda, o que interessa é que pratiquem! 

Hoje foi dos dias em que, assim que acordei, fui para o tapete praticar. Mas por vezes isso não é possível. Tento fazer a meio da manhã, ou à tarde. Mas faço. Sem transformarem o yoga em mais uma coisa que "tenho que fazer", com tranquilidade, simplesmente façam. Seja uma hora inteira, sejam 20 minutos ou 10, pratiquem. E assim, sem se aperceberem, a prática de yoga já se terá instalado no vosso dia-a-dia, já se terá tornado um "hábito", tão natural quanto tomar banho. Deixa de haver preguiça e falta de disciplina que vos trave. Porque a prática, simplesmente, já lá está :)


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Identificam-se?

Um bocadinho de humor :) mas que expressa bem a atenção com que muitos estão nas aulas de yoga heheh


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Um bom exemplo a seguir

Nada melhor que esta avózinha australiana, de 83 anos, para abrir a semana :) esta foto fez-me lembrar uma frase com a qual estou plenamente de acordo: "a repetição é a mãe da aprendizagem". No que toca ao yoga, não podia estar mais correcto.

Para vermos a nossa evolução, na execução técnica e nos seus efeitos, temos de praticar regularmente. Além disso, se a cada prática queremos sempre fazer coisas diferentes, corremos o risco de fazer um determinado exercício uma vez por mês, o que não ajuda muito a evoluir. O ideal é, com algumas mudanças que se pode ir acrescentando, até para irmos ao encontro do que necessitamos a cada momento, manter uma estrutura base constante na nossa prática, pelo menos durante um bom tempo. Só assim podemos aprender.

Acho uma certa piada quando percebo que há pessoas que, porque já fizeram determinado exercício várias vezes, acham que já sabem tudo o que há para saber sobre ele e por isso já querem coisas diferentes, senão aborrecem-se. Primeiro, mesmo ao fim dos meus 20 anos de prática de yoga, continuo a sentir que não há um único exercício que eu conheça a fundo! E essa foi das coisas que sempre me apaixonou no yoga. Por mais que se pratique, por mais que se estude, há sempre muito mais para praticar, muito mais para estudar. Por vezes, ao fazer determinado exercício, por mais simples que seja e por mais vezes que o tenha feito, percebo coisas que nunca antes tinha percebido. Segundo, para os que se aborrecem se não fizerem sempre coisas diferentes, lembro-vos que o objectivo do yoga não é divertir ninguém :) Quando a nossa voz mental nos diz "outra vez isto", temos de dar-lhe um puxão de orelhas :) a nossa mente quer estímulos diferentes a toda a hora, ela dispersa facilmente, ela farta-se rapidamente de tudo, ela é insatisfeita. O yoga quer pô-la no seu devido lugar, domesticá-la.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Isto é que é respirar!

Pode haver muita gente que não se identifique com o caminho do yoga, mas não acredito que haja alguém que não goste de estar no sítio para onde ele nos leva. Esse lugar interno, do qual nos desligamos tantas vezes, mas que visitamos a cada prática de yoga :) e se a prática persiste, o caminho para esse lugar dentro de nós é cada vez mas curto. Com o tempo, há cada vez menos distância entre o "dentro" e o "fora", vivemos a nossa vida quotidiana sem nunca nos desligarmos da nossa realidade interna. Exterior e interior fundem-se numa coisa só :) assim sim, vivemos a vida plenamente :) a minha prática de hoje inspirou-me hehehehe deixo-vos com este vídeo para que vejam o que é realmente uma respiração longa! :) que vos sirva de incentivo para praticarem mais :)