Difícil
traduzir o yoga em palavras... Mas uma das coisas que me vem à cabeça é
"integração". A maioria das pessoas vive ligado ao mundo exterior, sem
consciência da sua realidade interior. Para mim, o yoga significa viver
mais consciente e plenamente. É um caminho, ao mesmo tempo um meio e um
fim, que me permite "ir para dentro" e explorar a minha realidade
interior. E quando unimos a "vida de fora" com a "vida de dentro", aí
sim, VIVEMOS.
O yoga permite-nos ser genuínos! Não é porque somos
praticantes que temos de falar, comer ou vestir de determinada forma. Se
o yoga visa "descondicionar", cuidado para, ao começarem a praticar,
não trocarem simplesmente uns condicionamentos por outros. O que mais
importa, está para além de qualquer forma. O que não é o yoga para mim?
"Ter de" comer, falar, vestir ou comportar-me de determinada forma. "Ter
de" ouvir mantras ou música suave, comer tofu ou lentilhas, nunca
perder a calma, deixar de dizer OLÁ e começar
a dizer "Namaste" e um monte de outras coisas que muita gente parece
pensar que é suposto, quem pratica yoga, fazer. Se fazemos isso porque
vem de dentro, ok. Se fazemos isso porque é suposto...
A mudança vem de
dentro para fora, não de fora para dentro. E o problema é que às vezes é
tão difícil distinguir quando fazemos algo porque vem do coração, ou
quando é apenas mais um condicionamento. E achamos que agora somos muito
zen porque mudamos tanta coisa na vida, mas enquanto seres, continuamos
no mesmo sítio, mas agora vestidos com roupas mais alternativas e a
comer tofu. Caí nesta ilusão muito tempo!
Bem, acabei agora a minha
prática e isto escapou-me pelos dedos. Hoje integrei duas coisas que acompanham a minha vida desde os 17 anos:
a prática de yoga ao som da voz de Eddie Vedder. A banda sonora da
minha vida :)
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