quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz 2015

A certeza que tenho é que, o novo ano, trará mais 365 dias. Como esses dias serão, depende de nós.

Em vez de esperarmos que o ano novo traga felicidade, sejamos nós a tomar a decisão de sermos felizes, independentemente das circunstâncias.

Se queremos amor, sejamos os primeiros a dá-lo, incondicionalmente.

Se queremos paz, façamos a escolha de viver em paz connosco e com os outros.

E como diz a Mafaldinha, que este ano traga oportunidades para sermos melhores!

Bom 2015 a todos!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Escolhe ser feliz

Vive como podes, se não podes viver como queres.
Tira o melhor proveito do que tens.
Não esperes por "melhores dias" para seres feliz. Ser feliz, é uma opção!


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Parar

É pena que o simples "estar" tenha deixado de ser suficiente. Hoje em dia, temos de estar sempre a "fazer".
Há quem pense que parar é uma perda de tempo. Pois, a mim, faz-me ganhar tempo. 

Quando há muito que fazer, muitas solicitações do exterior (que se vão misturando com as do interior), quando me sinto com pouco espaço cá dentro, parar é a solução. 

Parar para estar, apenas. Parar para me sentir, para me religar a mim. Para me centrar. Por pouco tempo que seja, quando volto aos meus afazeres, já estou com outra capacidade. Acima de tudo, já ganhei espaço para ver as coisas com outros olhos.

Já fui "rotulada" como sendo pouco activa, só porque gosto de parar e viver com calma. Porque preciso de espaço entre as coisas que faço, para não fazer nada, a não ser, digerir o que fiz. Pois ser pouco activa, não podia estar mais longe da verdade.

Incrível como se confundem as coisas. Algumas das pessoas que se consideram muito activas, pelo simples facto de não gostarem, ou não conseguirem parar e que têm de estar sempre a fazer alguma coisa e vivem a 1000 à hora, na minha visão, são mais agitadas, que activas.

Por vezes, parecem peixes num aquário. Nadam, nadam, sempre de um lado para o outro, para cima e para baixo, mas não vão muito longe... Andam às voltas. 

A distância mais curta entre dois pontos, é em linha recta. Quando estamos centrados, concentrados, conseguimos canalizar a nossa energia para onde precisamos, sem grandes dispersões e sem muito alarido.
Mas para isso, temos de aprender a parar.

Covém dizer que, parar, não significa atirarmo-nos para o sofá e ligar a TV. Também precisamos desses momentos, sem dúvida. 

O parar a que me refiro, nem sequer significa parar o corpo e não fazer nada.

Parar, são aqueles momentos em que estamos na nossa companhia, em que tomamos contacto com a nossa realidade interior, sem distracções.

Pode ser uma prática de yoga. Meditação. Dança. Uma corrida. Um passeio na praia com os cães. Apanhar umas ondas...

Pode ser qualquer coisa, que nos devolva a nos próprios e nos dê a sensação de "retorno a casa". Momentos em que nos afastamos da nossa tagarelice mental e ouvimos a nossa voz mais profunda. Ou mais elevada, como preferirem chamar-lhe. No fim das contas, são só palavras...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ujjayí Pránáyáma



 Ujjayí Pránáyáma

Como ontem, numa das aulas, estivemos a praticar bastante este exercício, hoje decidi escrever algo mais sobre ele.

"Closing the mouth, inhale with control and concentration through ida and pingala, so that the breath is felt from the throat to the heart and produces a sonorous sound.

This pranayama, called ujjayí, can be done while moving, standing, sitting or walking. It removes dropsy and disorders of the nadís and dhatu." 
                                                                                     (Hatha Yoga Pradipika)


Ujjayí significa "vitorioso". Esta respiração é tão simples, que pode ser feita em qualquer posição, em qualquer momento da prática.

Execução:
- Sente-se numa posição confortável, ou deite-se, se preferir.
- Relaxe completamente o corpo e tome consciência da sua respiração. 
- Durante alguns minutos, respire de forma profunda, suave e lenta, sempre pelo nariz. Observe atentamente a entrada e saída do ar.
- Para facilitar a execução, mantenha a boca fechada, mas os maxilares soltos e afastados. Língua descontraída.
- Contraia levemente a glote, como faz quando engole. Essa contração suave e parcial da glote, vai produzir um som, como se fosse um "ronco" suave, um "sussurro". O som não precisa ser alto, porque isso normalmente significa que se está a contrair demasiado, provocando desconforto e sensação de garganta arranhada.
- Tome atenção para que o som venha da garganta, não do nariz, ou do céu da boca.

Efeitos:

Aumenta a temperatura corporal; ajuda a concentração; actua sobre o sistema endócrino, tendo particular acção sobre a tireóide; reforça o sistema imunitário; excelente na prevenção de insónias e para gerir problemas cardíacos.

Muitas vezes, o ujjayí pránáyáma está associado à repetição do mantra, que é conhecido como o mantra da respiração, Soham: ao inspirar, repita mentalmente o som So e, ao expirar, repita mentalmente o som Ham. O mantra Soham, relaciona-se com o próprio som da espiração. Soham significa "aquele que eu sou", "eu sou a suprema realidade", "eu sou a essência" 

Deixo-vos com dois bons vídeos.




terça-feira, 25 de novembro de 2014

O bacalhau também é espiritual

Seres espiriuais, somos todos. Uns já tomaram consciência disso, outros ainda não.

Acho piada, confesso, quando ouço alguém dizer-me: "...porque eu sou muito espiritual!". Dá-me vontade de responder que o bacalhau também pode ser espiritual! hehehe (piada gastronómica...)

"Espiritualidade" virou moda. Nunca houve tanta gente "espiritual" como agora. Neste caso, entenda-se espiritualidade como sendo a prática de algo que visa desenvolver a nossa consciência.

Há cada vez mais pessoas a praticar yoga. Há cada vez mais interessados em meditação e inúmeros métodos diferentes para o fazer. O número de reikianos cresce a olhos vistos, já para não falar de montes de outros caminhos de auto-conhecimento, dos quais não falo, porque desconheço.

É bom haver vários caminhos, para que cada um possa escolher o seu.
Mas também é bom lembrar, que praticar meditação, yoga, reiki ou outra coisa "espiritual", não nos torna, necessariamente, melhores pessoas.

Para mim, desenvolvermos a nossa espiritualidade, significa aproximarmo-nos da Verdade. E, para mim, isso passa por derrubarmos as barreiras do nosso ego, que nos dão a ilusão de separação do que nos rodeia. O ego, que nos dá a idéia que "acabamos" onde a nossa pele acaba. O ego, que nos faz acreditar que existe um "eu" e um "tu", que estão separados. O ego, que nos faz dar importância ao que não tem.

Enfim, ego traz separação. Separação de "eu" e "EU", separação de "eu" e "tu", separação da natureza, separação da essência da vida...

Acho que, se estamos a desenvolver a nossa espiritualidade, seja qual for o caminho que escolhemos para o fazer, um sinal de que estamos a ir no bom caminho e de que as nossas práticas não estão a ser em vão, é sermos melhores seres humanos.

Querem ver a espiritualidade de alguém? Não se iludam com títulos de mestre, ou o que seja. Não se iludam com o número de formações e diplomas que alguém tem. Não se iludam com quantas horas medita por dia, ou se faz yoga todos os dias. Não se iludam com a forma,

Acredito que é na vida, no dia a dia, quando estamos mais "distraídos", que mostramos o nosso verdadeiro caráter.

Acredito que é na maneira como tratamos os outros, que mostramos a nossa espiritualidade, especialmente se esses outros são animais (chamados irracionais...) e pessoas com quem simpatizamos menos.

domingo, 9 de novembro de 2014

Chegar a casa

Cheguei de viagem mais depressa que o sol. Saí das praias de Goa com um sol maravilhoso e cheguei a casa em pleno Inverno. Felizmente, hoje o sol brilhou por cá também, num daqueles maravilhosos dias de outono, em que o sol é aconchegante e suave, como o abraço de um avô.

Viajar é das melhores coisas da vida! Esvazia a carteira, mas enche a alma. 

Viajar amplia os nossos horizontes. Deixamos para trás as nossas rotinas do quotidiano e, quando voltamos, já não somos os mesmos. 

Viajar é das melhores coisas da vida. E voltar a casa também.

Casa é onde está o nosso coração. Casa, são os braços abertos que nos esperam à chegada, em aeroportos, ou estações. Casa, é a alegria, a saudade e o carinho que todos aqueles que gostam de nós mostram quando voltamos. Casa, é matar saudades da comidinha boa da mãe, pelo menos para quem, como eu, tem a sorte de ainda ter uma. 

Há mar e mar, há ir e voltar.

Adoro ir. Mas voltar sabe tão bem...

Para mim, casa, são também as minhas patudas. Todo o amor incondicional que me dão, a companhia que fazem sem ocupar espaço, o seu silêncio melodioso.

É muito bom estar em casa. É muito bom ter um sítio a que posso chamar casa.





sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Que maravilha é a vida

Depois de um dia bom, mas sem grande tempo para parar, finalmente, "cheguei a casa", ou seja, sentei-me no meu tapete de yoga.

Passou o dia a chamar por mim, mas não dava... Outras coisas havia a fazer. Não é meu hábito praticar a esta hora, mas tinha de ser. Estava mesmo a precisar e a prática foi o meu jantar.

Quando cheguei ao fim, estava tão bem, tão aconchegada em mim, que pensei: "como é possível sobreviver sem isto???" hehehehe já não conseguia.

Fui também inundada por um imenso sentimento de gratidão, por nada em especial e, ao mesmo tempo, por tudo! Que bom que é "andar por cá", pensei eu.

Bem, mais cedo, ou mais tarde, todos nós iremos para o lugar de onde viemos. E isso não é mau. É a vida, vivida em várias vidas. Mas é tão bom andar por cá... A vida, esta que vivemos, é um milagre tão grande e precioso... Só por isso, já devíamos sentir gratidão, sempre!

Espero ter o privilégio dos senhores lindos desta foto, porque é, de facto, um privilégio!

Vivam as rugas e os cabelos brancos!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Intensidade

Hoje tive tempo para fazer uma prática como eu gosto: fechar os olhos e deixar-me levar, sem pensar, sem preocupações com horas. 

Estar presente em cada respiração, em cada pequeno movimento, da mais pequena parte do corpo. 

Sentir-me ligada a mim. É isso que me faz querer voltar sempre ao meu tapete de yoga. São momentos em que estou mesmo presente em mim. São momentos de intimidade com o meu Ser.

Para mim, isso é a essência de tudo. 

Quanto às práticas, acho que há dois tipos de intensidade: um, que tem a ver com o maior, ou menor, grau de dificuldade dos exercícios, que eu chamo de "intensidade bruta". Está ligada ao esforço físico que os exercícios exigem. Mas, para mim, essa é a intensidade que menos interessa.

O outro tipo de intensidade, não tem tanto a ver com os exercícios em si, mas com o nosso grau de entrega à prática. Essa é a mais importante.

É essa entrega total, essa presença, essa ligação a nós, a partir de dentro, que consegue transformar práticas simples, em experiências extremamente profundas, fortes e, lá está, intensas.

Pensando bem, é assim no que toca à prática de yoga, mas também em relação a tudo na vida. As coisas têm, apenas, o valor que lhes damos. Têm, apenas, a força e o poder que lhes damos. Têm, apenas, a importância que lhes damos.

Mais do que o que fazemos, é como fazemos. 

As coisas são, o que nós fazemos delas.





terça-feira, 9 de setembro de 2014

Simplicidade

Em vez de queixas, que a única coisa que conseguem, é alimentar a nossa eterna insatisfação, tentemos tirar o melhor proveito daquilo que cada momento nos tráz.

"Se não podes viver como queres, vive como podes".

E olhem-me só que fofo e que carinha de felicidade!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Ásana de hoje - Utkatásana

Ásana de hoje - UTKATÁSANA

Utkata significa "poderoso", "destemido".

Ao executar este ásana, é como se nos estivéssemos a sentar numa cadeira. Devemos ter atenção para não deixar que os joelhos vão para a frente. Em vez disso, é a bacia que se desloca para trás, mesmo como quem se senta.

Há também que evitar aproximar o tronco das coxas.

Tenham muita atenção para evitar arquear as costas, o que acentua a curvatura da lombar. É um erro muito comum neste ásana. As costas devem ficar rectas.

Principais efeitos: utkatásana fortalece os membros inferiores e tornozelos, diminui a rigidez dos ombros, expande o torax. O coração é suavemente massajado neste ásana. As costas e orgãos abdominais são tonificados.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Seja a mudança que tanto precisa

A energia que tantas vezes desperdiçamos, na tentativa de mudar os outros, deveria ser usada no sentido da nossa própria mudança.

Por vezes, a nossa tentativa de mudar os outros, é quase inconsciente e está muito bem disfarçada de boas intenções e vontade de ajudar o outro, levando-o a fazer aquilo que nós consideramos ser o melhor para ele.

Quando derem por vocês a queixarem-se muito de alguma coisa, ou de alguém, mas sem fazer nada para sair da situação, fiquem atentos. Poderá ser um desses momentos, em que nos queixamos, no fundo, porque queixar é mais fácil que mudar e ficamos à espera (que o façamos sentados, pelo menos...) que sejam os outros a fazer diferente.

domingo, 24 de agosto de 2014

Simples felicidade

Hoje ao acordar, chamei as patudas para a cama e deixei-me jiboiar junto a elas. Lembrei-me de um livro que me ofereceram, sobre o prazer das coisas simples.

Acordar cedinho, ouvir o silêncio lá fora, ver as patudas a dormirem consoladas como bébés, o sol a entrar pela janela, o corpinho relaxado depois de uma noite bem dormida, a cabecinha em paz... Que maneira maravilhosa de começar o dia!

Ontem falava com uma amiga sobre o que é a felicidade. Para mim, é algo que está acima dos estados emocionais nos quais vamos flutuando.

Há momentos de alegria, há momentos de tristeza. Ambos fazem parte. Se a felicidade dependesse de estarmos alegres e de tudo estar perfeito nas nossas vidas, então a felicidade seria praticamente inalcançável.

Considero-me feliz, mesmo quando estou triste.

Para mim, a felicidade é acordar e pensar: "uau, tenho mais um dia!".

Estarmos gratos pelo milagre da vida, estarmos em paz connosco, termos a capacidade de tirar o melhor proveito possível do que temos, em vez de nos queixarmos do que não temos, sermos suficientemente sábios para dar valor às coisas simples da vida... Não é difícil e, para mim, isso é felicidade.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Só quero estar onde não estou

Estar aqui e querer estar ali. Viver cada "agora" a remoer o passado, ou com projeções e preocupações sobre o futuro. Quem se reconhece nisto? Diria que todos nós... E assim, o presente que a vida nos dá a cada instante, vai passando sem nos darmos conta e, rapidamente, se transforma em passado também.

Mas, aprender a viver no "aqui e agora" não é difícil e o yoga dá-nos as ferramentas para isso!

terça-feira, 29 de julho de 2014

What are you doing for others?

Grande pergunta esta...

Quem ajuda, não o faz porque pode, mas sim porque quer. E querer, é poder.

Se olharmos à nossa volta, vamos ver muitos exemplos que mostram que, muitas vezes, quem mais dá, nem sempre é quem mais tem.

Ajudar dá trabalho. O imenso trabalho de termos de desviar a atenção do nosso umbigo, dos nossos problemas, que por serem nossos, parecem-nos mais importantes que os dos outros.

É por isso tão mais fácil, infelizmente, olhar para o lado e, quando é preciso ajudar uma pessoa, ou um animal, dizer: "Ai, eu não posso".

Para mim, seria mais verdadeiro dizermos: "Eu não quero"...

Quando se quer pode-se! Dentro das nossas capacidades, podemos sempre fazer alguma coisa. A ajuda tem muitas e variadas formas. Alguma coisa podemos sempre fazer! Se quisermos...

Quem se habituou a "olhar para o lado", ainda não descobriu a maravilhosa sensação que se tem quando se ajuda outro ser, humano, ou não. Ajudar é tão bom, tão gratificante, que eu acho até que o faço por egoísmo!

Bem, acho que quem não descobriu ainda que estamos aqui uns para os outros, todos interligados e que o sofrimento dos outros, é nosso também, precisa urgentemente da nossa ajuda...

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Vamos lá a abrandar!

Para onde corremos nós? E porque corremos nós? Parece que andamos a fugir de alguma coisa. Andaremos a fugir de nós?

Há quem diga que o dia devia ter 48h, para poderem fazer tudo o que têm de fazer. Para esses, as 48h também não iriam ser suficientes.

Não é o dia que é curto. Somos nós que fazemos coisas a mais e não deixamos espaço, muitas vezes, para algo essencial: parar!

Corremos de um lado para o outro. Estamos "aqui", mas não estamos verdadeiramente, porque já estamos com pressa para ir para "ali".

Há que abrandar e aproveitar as coisas simples da vida, que acabam por passar despercebidas aos aceleras da vida.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Como eu entendo o Garfield...

Ai, ai... Como eu me identifico com o Garfield nestes últimos dias.

Lembrem-se que até a disciplina tem de ser disciplinada. Quando o corpo (às vezes é a cabecinha também, através do corpo) pede descanso, há que respeitar!

Este momento do ano é mesmo uma espécie de fim de ciclo. Para os estudantes, representa o fim de um ano lectivo. Para os trabalhadores (para a maioria, pelo menos) representa o fim de um ano de trabalho e tempo de terem umas merecidas férias.

Mesmo para quem vai ficar por cá a trabalhar, como é o meu caso, há necessidade de abrandar o ritmo, quebrar com as rotinas de alguma forma.

Descansar, apanhar sol (quando ele se dignar a aparecer!), mergulhar no mar para renovar a energia e ganhar força para mais um ano de trabalho/aulas, que daqui a nada (porque o tempo voa!) começa.

Por isso, mesmo para quem está habituado a uma boa prática de yoga todos os dias, como eu estou, se não apetecer mexer um dedo, como a mim não apetece, não se preocupem, não stressem, não pensem que estão a andar para trás. Faz parte!

E amanhã é outro dia e, quem sabe, a vontade volta?

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Smile! Sorriam!

Tristezas não pagam dívidas, já diz o velho ditado! Se tristezas e "andar de trombas" pagasse dívidas e resolvesse problemas, toda a gente tinha a vida resolvida, porque o que mais vejo na rua, são caras carrancudas!

Smile! Sorriam! Os sorrisos podem também não resolver alguns problemas, mas pelos menos sentimo-nos melhor, ficamos mais leves, mais saudáveis, com mais espaço cá dentro e até, quem sabe, assim conseguimos ver melhor as situações e encontrar soluções.

Além do mais, a fada já está a ficar chateada...

segunda-feira, 14 de julho de 2014

"É da idade"

 

O modo como envelhecemos, depende do modo como vivemos. E isso está nas nossas mãos.

"É da idade" já se tornou um mantra para muitos, que se esquecem que, com a idade, começamos é a pagar as faturas do que fizemos, ou não fizemos, até à altura em que achavamos que eramos demasiado novos para pensar na "idade".

Lembrei-me de um livro do Deepak Chopra, intitulado: "Desperte Corpo e Mente e Mantenha-se Sempre Jovem":

«1. O envelhecimento é reversível. A idade biológica de um indivíduo não tem de corresponder necessariamente à sua idade cronológica. Um indivíduo pode ter vinte anos de idade cronológica, mas exibir a fisiologia de uma pessoa idosa, por se encontrar esgotado emocional e fisicamente. Da mesma forma que um indivíduo de setenta anos pode manter uma boa forma física, emocional e espiritual, e apresentar um organismo que reflecte o vigor , a vitalidade, a criatividade, a vivacidade e o dinamismo da juventude.

2. O envelhecimento, ou entropia, é acelerado pela acumulação de toxinas no corpo. Essas toxinas são absorvidas através de ambientes poluídos, alimentos contaminados, água inquinada, relacionamentos nefastos e emoções funestas. A eliminação dessas toxinas irá agir sobre o seu relógio biológico , fazendo-o girar no sentido da juventude.

3. O exercício físico, age directamente sobre os biomarcadores do envelhecimento, revertendo o processo.

4. Uma alimentação equilibrada e suplementos nutricionais, incluindo antioxidantes , são valiosos auxiliares no abrandamento do processo de envelhecimento.

5. A prática de meditação reduz a idade biológica.

6. O amor é o mais poderoso e eficaz de todos os remédios. Não só cura, como também regenera.

Mas, mais do que tomar suplementos nutricionais ou fazer exercício físico, o que alguém pode fazer de fundamental para mudar a sua vida, é praticar os seguintes princípios:
* Concentrar a sua atenção no intemporal, no eterno, no infinito.
* Não deixar que o ego lhe estorve o andar.
* Ser natural; abdicar da necessidade de estar sempre a esconder-se sob uma máscara social.
* Abandonar-se ao mistério do universo.
* Sentir-se em comunhão com o Espírito ou com a Divindade.
* Ficar indefeso, abdicando da necessidade de defender o seu ponto de vista.»

Pronto, e se querem ver mais, comprem o livro heheheh

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Obrigada a todos!

Há 18 anos atrás, desisti de um curso de gestão de empresas, onde não sei porque raio me meti, para ir para um curso de educação física. Um ano depois, desisti do curso de educação física, para me dedicar ao yoga.

Já praticava yoga há um tempinho e o meu professor queria que eu fizesse formação para dar aulas. 

Apesar de sempre ter tido uma intuição muito apurada, aprendi a confiar nela há pouco tempo. Tão forte quanto a minha intuição, era o meu lado racional. Ora, todos nós sabemos como, por vezes, o caminho que a intuição aponta, é tudo menos lógico! Usando a razão, analisando todos os dados, chegamos à conclusão que o caminho certo é o da direita, mas a intuição quer mandar-nos para a esquerda...
No entanto, apesar da minha tendência para racionalizar demais, no que toca à escolha do meu caminho de vida, deixei-me levar pela intuição. Foi tão forte a sensação de ser a escolha certa, o meu coração falou tão alto, que não houve como não ouvir. E obedeci!
Nunca me arrependi!
Os meus pais tinham as suas preocupações, como é obvio: "Oh filha, não era melhor tirares o teu curso, arranjares um trabalho e fazeres do yoga um hobby?", "Yoga??? Isso dá para viver???", etc, etc, etc. Compreendia que se sentissem com receio, por mim. Mas estava decidida. O coração, de facto, falava muito alto.
O meu lema era (e continua a ser): se fizermos um bom trabalho, conseguimos viver do que gostamos. E para fazermos um bom trabalho, temos de gostar do que fazemos. 
(Quando comecei a escrever, era para ser só um pequeno parágrafo...)
Bem, resumindo... Adoro o que faço! Uns podem gostar, outros não. Já diz o velho ditado: "Deus, que é Deus, não agradou a todos". Mas que faço o que faço de coração, lá isso é verdade. Se não faço melhor, é porque ainda não sei.

 Hoje, durante a aula do fim da tarde, fui invadida por uma sensação muito familiar: olhar para os meus alunos (que hoje até eram poucos, porque o efeito das férias de verão já se nota) e sentir-me imensamente grata por poder fazer o que faço. É tão bonito ver a "mudança" nas pessoas ao longo do tempo. A diferente postura que têm durante a prática (externa e interna), a maneira como se relacionam com os colegas, o modo como se relacionam com eles próprios e com as situações das suas vidas.
Aprendem a viver melhor. Aprendem a cuidar melhor de si a todos os níveis. Aprendem a viver de forma mais consciente. O corpo abre. A mente abre. Com "sorte", o coração abre. E é tão gratificante sentir-me parte desse processo!
Essa é uma das razões que me faz gostar tanto dos retiros que fazemos. Durante dois dias inteiros, tenho um grupo de pessoas à minha disposição, receptivas ao que tenho para dar. E é mesmo muito bonito ver a diferença deles quando chegam e quando saem. 
A diferença dos abraços, dos sorrisos, da entrega ao momento, da profunda partilha entre todos.
Enfim, abreviando o que já vai longo demais, hoje apeteceu-me agradecer a todos os que me permitem fazer o que faço. Um muito obrigada a todos os meus alunos, atuais ou antigos (para mim, são sempre os meus alunos), por me darem a oportunidade de aprender e crescer convosco e ter momentos tão lindos como os que vocês me proporcionam, mesmo sem saberem.

Às vezes gosto de partilhar a banda sonora que acompanha a minha escrita. Hoje, vai o vídeo e a letra, que é linda! Chama-se "Don´t be shy", do Cat Stevens. Neste caso, cantado por uma das minhas vozes favoritas, Eddie Vedder.
 

"Don't Be Shy"


Don't be shy just let your feelings roll on by
Don't wear fear or nobody will know you're there
Just lift your head, and let your feelings out instead
And don't be shy, just let your feelings roll on by
On by

You know love is better than a song
Love is where all of us belong
So don't be shy just let your feelings roll on by
Don't wear fear or nobody will know you're there
You're there

Don't be shy just let your feelings roll on by

terça-feira, 8 de julho de 2014

Quem dá mais?

Pena que para muitos, estes 60 segundos só mudem a maneira de pensar, no máximo, por 60 segundos...
 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

DVDs chegaram!

E os dvds já estão comigo! Para todos os que encomendaram, esta semana já os podem levar :) para quem está mais longe, hoje já começo a enviar as encomendas por correio :D

quinta-feira, 3 de julho de 2014

What if...

What if...nem sequer chegamos aos 65 ou 75 anos??? Vivemos como se fossemos estar cá para sempre, gastando o nosso tempo, muitas vezes, com coisas que não são assim tão importantes.

Aliás, as coisas só têm a importância e o valor que lhes damos.

Vivemos sem querer pensar na morte. Alguns, nem gostam de falar no assunto, com medo que ela ouça e chegue mais depressa.

Mas já que não adianta ter medo, nem vale a pena tentar fugir, porque é o que nos espera a todos, mais vale incluí-la na nossa vida e fazer da morte, a nossa conselheira: "Já que esta vida são dois dias e o segundo dia pode estar mais perto de acabar do que imagino, será que vale mesmo a pena chatear-me com isto, ou fazer isto, ou não fazer aqueloutro...".

Se não estão felizes com a vida que têm, mudem-na! Ninguém diz que vai ser fácil, mas vale a pena.

Não se preocupem com o que os outros pensam, ou dizem. Façam vocês o que fizerem, eles vão sempre pensar, ou dizer alguma coisa. Por isso, que se lixe!

Não tentem agradar a todos, nunca vão conseguir. Se têm de agradar a alguém, é a vocês próprios, seguindo o caminho que o vosso coração aponta e sendo felizes. Essa é a vossa única obrigação e esta (vida) é a vossa única oportunidade.

Riam-se de vocês próprios, sabe tão bem quando não nos levamos tão a sério! Riam-se dos problemas, sabe tão bem não levarmos a vida tão a sério!

Ficar sério, tenso, preocupado, não resolve os problemas. Aliás, só os piora e faz mal à saúde!

Resumindo, já que podia continuar a escrever a manhã toda, sejam felizes. E como não há uma única receita para isso, que sirva para todos, encontrem o caminho que vos faz felizes e comprometam-se com isso.

Enquanto não encontram, continuem a tentar! Demore o tempo que demorar, vale a pena! Não se acomodem no que não vos faz bem.

E como eu disse que era para resumir, vou acabar por aqui. Hoje estou muito tagarela hehehe

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Um cheirinho a dvd

E depois de meses de trabalho de preparação e quinze dias de trabalho intensivo de filmagens e edição de imagens, o dvd está quase, quase a sair do forno! Só falta mesmo tê-los na minha mão, o que depende da fábrica. Mas é garantido que estará disponível já no mês de julho!

Aceito encomendas! hehehe

Para já, deixo-vos aqui o vídeo promocional. Aproveito para agradecer a todos os que me ajudaram: Gabriel Flain, que fez o dvd; Guy Gomez, que ofereceu a sua música; Jacomina Kistemaker, por me ter emprestado o centro Punta de Couso; Isabelle Machado Aires, que me ajudou com as traduções; Luís Dias e Francisca Pimenta, os "modelitos" que deram um ar da sua graça no dvd e "last, but not least", Filipa Mora, que deu uma mãozinha nas filmagens e foi uma óptima companhia.



quinta-feira, 26 de junho de 2014

Make time for your yoga

 
Yes it is! Arranjar tempo para o yoga, é arranjares tempo para ti. É um tempo que te dá tempo. Por isso, se dizes que não tens tempo, o yoga é mesmo para ti

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Bora ser feliz!

Ser feliz é o melhor remédio para todos os "males". Pena que tanta gente esteja à espera do dia em que não hajam "males", para poderem ser felizes. Tchiiii, espero que esperem sentados, porque em pé, vão-se cansar hehehe

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Yoga na vida

Para mim, a maneira de vermos se estamos a evoluir na prática de yoga, não tem tanto a ver com a nossa evolução na execução das técnicas, mas sim, com a nossa postura na vida.

Viver é relacionar-se: connosco, com os outros e com a própria vida. E a forma como estamos nessas relações, mostra-nos se estamos a ir no bom caminho.

- O primeiro passo para a transformação, é a aceitação. Aceitem-se como são. Amem-se como são. Tratem-se como tratam a pessoa que mais amam neste mundo. Parem de se julgar, parem com pensamentos negativos sobre vocês próprios.

- Tratem os outros, como gostariam de ser tratados. "Eu" e "tu", é uma ilusão. Cada um tem a sua individualidade, que nos distingue. Mas no que importa, na essência, somos todos iguais. Todos queremos uma única coisa: ser felizes. Acabem com os julgamentos, ressentimentos e todos os outros "entos" que nos afastam uns dos outros e que dificultam a nossa convivência nesta vida. Por alguma razão, andamos cá todos. Será para nos infernizarmos uns aos outros, ou para nos ajudarmos uns aos outros e crescermos juntos, construindo um mundo melhor para todos os que já cá estão e para os que ainda hão-de vir? Eu escolho a segunda opção.

- Nada acontece por acaso. O universo é uma "engrenagem" perfeita, da qual fazemos parte. Não estamos sozinhos. Não somos vítimas das circunstâncias. Somos criadores. A cada instante, criamos, através das nossas escolhas, quem queremos ser, perante as situações que a vida nos vai colocando. Onde uns encontram obstáculos, outros encontram oportunidades de crescimento.

- Confiem na vida e nos seus sinais. Quando seguimos o caminho certo, a vida flui e, realmente, o universo conspira a nosso favor. Para perceberem esses sinais da vida, ouçam sempre o vosso.coração. Aprendam a silenciar a mente, pois só no silêncio, se pode ouvir a voz do coração.

Confiem em algo maior, que tem um plano para cada um de nós e nos guia pelo melhor caminho, se nos entregarmos e aceitarmos, de coração aberto, o que a vida nos tráz a cada momento.

Yoga na vida.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Tudo "passas"

Tudo passa, até a vida! Por isso, não há tempo a perder com coisas que não são realmente importantes.

E como saber o que é realmente importante?

Às vezes, coloco-me uma questão: se a minha vida acabasse amanhã, isto teria algum interesse? Na maioria das vezes, a resposta é "NÃO".

Decidi que só é realmente importante, aquilo que me faz sentir feliz!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Mula Bandha

Com um bocadinho de sentido de humor da foto, aproveito para falar do mula bandha.

Os bandhas são contrações de partes específicas do corpo, que são um tipo de "chave" ou "interruptor", da circulação energética. São muito utilizados nos exercícios respiratórios, mas também podem ser utilizados noutras técnicas, como os ásanas, por exemplo. Os bandhas potencializam o efeito das restantes técnicas.

Mula bandha é um dos principais e mais utilizados. "Mula" significa raíz. Mula bandha é a contração dos esfíncteres do anus e da uretra. Este bandha estimula o sistema nervoso central, bem como o chakra da base (centro energético na base da coluna), denominado "múládhára chakra".

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Até já!

Mais do que simples posições físicas, que poderiam confundir-se com ginástica com cheiro a incenso, ásana é um estado interior, uma atitude.

Para mim, ásana é iluminar o corpo, cada célula do corpo, com a luz da consciência.

E por falar nisso, amanhã, depois de um atraso de alguns dias, por causa do mau tempo, lá vou eu começar a trabalhar no dvd. Durante os próximos dias, não me verão muito por aqui... Mas em breve volto e com novidades!

Até lá, boas práticas para todos!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

No bom caminho

Acredito que quando estamos a ir no bom caminho, no que toca à prática de yoga (e não só!), não é só a flexibilidade, ou a força física, que se desenvolve.

Para mim, bons sinais de evolução na prática, são a maior bondade para com todos, a maior humildade face à vida, a maior capacidade de compreensão e menor julgamento... Enfim, no fundo, sermos melhores seres humanos. 

Quando começamos a ver a vida com outros olhos, quando nos relacionamos de maneira diferente com ela, quando nos sentimos mais próximos de tudo e todos, aí sim, podemos dizer que as sementes do yoga estão a germinar em nós. 

Praticantes de yoga, ou não, quando a bondade, a compaixão, a humildade e o Amor, em relação a todos os seres, são um modo de vida, então estamos a ir no bom caminho, sem dúvida.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Nham nham!

Acabadinho de fazer! Alguém é servido?

O recheio é muito simples:
- alheira vegetariana (pode ser feito com qualquer tipo de alheira)
- rucula (foi a invenção de hoje)
- maçã ralada

É só misturar tudo e rechear a massa folhada, dando uns cortes em cima, para não crescer demasiado.

Fácil, barato, rápido e delicioso! E o recheio serve para outras coisas, como por exemplo, rechear cogumelos!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Benditos obstáculos

Agradeçam a todos estes que estão prontos a dificultar a nossa caminhada, pois tornam-nos mais fortes!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Mais um conselho de foca

Acredito que, mesmo nos momentos de maiores duvidas, em que parecemos não saber muito bem que caminho seguir, no fundo, sabemos sempre.

De todas as opções possíveis, de todos os diferentes caminhos que podemos percorrer, há sempre um que faz o nosso coração vibrar!

Claro que depois vem a cabeça atrapalhar e começamos a pensar demais, a pesar os prós e os contras, a imaginar o resultado das ações antes mesmo de as realizarmos. Lá começamos nós a controlar o incontrolável...

Quando tomamos uma decisão, nunca sabemos onde ela nos vai levar. Nem interessa saber! Há que seguir o caminho que nos faz vibrar por dentro, pois essa sensação é um sinal da vida dizendo-nos: "É por aí mesmo!"

segunda-feira, 5 de maio de 2014

How long is forever?

Como dizia o outro: que seja eterno enquanto dure! E vale para tudo na vida.

Isto fez-me lembrar relacionamentos. Com tanta preocupação que durem "para sempre", vejo muitas pessoas asfixiarem as suas relações, fazendo com que elas acabem "num segundo".

Que seja bom enquanto dure. Que seja eterno enquanto dure. E assim, com esta atitude, o "para sempre" até é possível.










terça-feira, 29 de abril de 2014

The choice is yours

A escolha é sempre nossa. Não controlamos as circunstâncias externas, apesar de perdermos muito tempo a tentar fazê-lo. Mas podemos "controlar" a nossa atitude, perante as curcunstâncias externas.

Como agimos perante as situações, quem queremos ser, a cada momento que passa, só depende de nós.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Sigam o exemplo do Snoopy

ahahah adoro, especialmente a parte final!

Bom exemplo de como, facilmente, podemos ser influenciados nas nossas vivências, pela vivência dos outros.

Alguém tenta subir um muro e não consegue. Se eu for tentar subir o mesmo muro, essa pessoa vai dizer-me: "é impossível subir esse muro". Se eu acreditar e nem sequer for tentar, vou estar a viver a experiência do outro e não a minha. Vou acreditar que é impossível e vou levar outros a acreditarem também!

Este foi um exemplo estupido... Mas se aplicarmos a situações da vida, vemos que é assim que começam os condicionamentos e limitações.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Dicas de correcção postural

Às vezes ouço pessoas a dizerem que certas posições lhes fazem doer isto, ou aquilo, ou que por causa de um determinado exercício, ficaram com problemas não sei onde.

Os ásanas do yoga não trazem problemas nenhuns, a não ser que sejam mal executados, ou que tenhamos algum problema físico, para o qual, determinados exercícios podem ser contra-indicados.

É dever de cada praticante, informar o seu professor das suas maleitas físicas. E, apesar do professor ser responsável por ensinar correctamente os exercícios e estar atento nas aulas à execução, é também responsabilidade do aluno ouvir o seu corpo, estar atento na aula e evitar persistir nos erros por falta de atenção, como às vezes acontece.

A execução errada de alguma postura, a longo prazo, pode, de facto, prejudicar. Isso é válido para qualquer actividade em que o corpo seja trabalhado. Aliás, isso é válido mesmo para o dia-a-dia, já que é durante as tarefas do quotidianos que mais "deformamos" o corpo, por falta de consciência dele e de maus hábitos posturais.

Já há tempos deixei aqui umas dicas sobre o chaturanga. Hoje, dedico parte deste texto, novamente, a essa posição. É dos ásanas que estão mais presentes nas minhas aulas e onde há muitos erros, bastante comuns. Às vezes são pequenos pormenores, mas que se não forem corrigidos, ao longo do tempo, podem trazer problemas, por exemplo, nos ombros e nos pulsos.


Esta foi a imagem que já usei há uns tempos. Aqui podem ver a maneira correcta de fazer este ásana. É importantíssimo manter o abdomen firme, para que suporte a lombar, mantendo as costas rectas. Apesar de a posição exigir força dos braços, todo o corpo deve estar bem activo. Se deixamos o corpo "morto" e contamos apenas com os braços, não funciona. Aliás, deixar o corpo morto, não funciona em nenhum ásana.

Ao executarem o chaturanga dandásana, vejam a diferença entre deixar o corpo morto e pendurarem-se nos braços, ou manterem o abdomen firme, glúteo contraído, pernas e pés bem activos. Vão observar que, no segundo caso, o corpo vai parecer mais leve.

Para além da questão do alinhamento da coluna, a posição dos ombros é também muito importante. 

A imagem mostra, de forma clara, o que devem e não devem fazer. São erros muito comuns! A maneira errada é mais fácil... Por isso, muitos de vocês acabam por cometer estes erros.

"Cotovelos fechados", ou qualquer expressão do género, é das coisas que mais me ouvem dizer aquando da execução desta postura. Mas há ainda muitos cotovelos teimosos que gostam de "abrir"! Prestem atenção a este pormenor... "Empinar" a bacia, como se vê na imagem, é outro dos erros mais frequentes. Neste caso, a batota também facilita. 

Prestem atenção a todos estes detalhes, quando estiverem a fazer o chaturanga. Façam este ásana devagar, para que possam tomar consciência do movimento e da vossa postura. Quem tem mais dificuldade em executá-lo, deve fazê-lo mais devagar ainda, para que possa ir construindo a força que ainda não tem. Se insistimos nas batotas, nunca vamos fazer bem. 

Se sentem que não têm força suficiente ainda, não faz mal! A força conquista-se. Mas se forem pelo caminho mais fácil, nunca conseguirão fortalecer as vossas fragilidades.

Já agora, a propósito deste ásana e também de todos os outros em que apoiamos as mãos no chão, vejam a imagem seguinte:


A distribuição do peso na palma da mão, é importantíssimo, não apenas para um correcto alinhamento da posição, mas também para protecção do pulso. No entanto, a maneira como apoiamos as mãos, ou os pés, apesar de essencial, não parece ser considerada importante por muitos praticantes. Tão preocupados estão com o posicionamento do resto do corpo, que negligenciam as bases.

Na imagem, o ponto a vermelho é de grande importância. Se observarem bem as vossas mãos durante a prática, vão reparar que muitas vezes elevam aquele ponto, deixando que o peso fique na parte de fora da mão (zona do dedo mindinho). E mesmo quando digo para pressionarem a zona do polegar e do indicador contra o chão, a maioria não corrige. Não porque não queiram, é óbvio. Mas porque a consciência ainda não chegou às mãos. Enquanto as pernas tremem, ou o equlíbrio está desiquilibrado, ou os braços fraquejam, etc, as mãos (e, já agora, os pés) parecem simples pormenores secundários. Mas não são... Do correcto posicionamento de mãos e pés, depende o correcto alinhamento de toda a estrutura. No yoga, os pequenos pormenores fazem toda a diferença.

Agradeço a quem fez estas imagens (não sei quem foi...). Vejam-nas com atenção e sugiro que, nos próximos tempos, prestem bastante atenção à distribuição do vosso peso nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, para que possam corrigir os vossos erros, praticar com maior segurança e melhorar a execução dos exercícios.


terça-feira, 15 de abril de 2014

Conselhos do Ganesha



Bom conselho do trombinhas, Ganesha.

Ainda este domingo dei por mim a rir de mim! Estava eu a pensar cá com os meus fieis botões, como a nossa cabeça (ou deverei dizer, a minha?) é uma troca tintas, que não podemos levar muito a sério, não só porque a mente mente muito, mas também porque muda mais que o vento!

Aquilo que há uns meses atrás eu queria mudar, porque me deixava descontente, agora é algo com que me sinto muito bem!

Acho que todos temos exemplos destes na nossa vida. Momentos em que dissemos não gostar, ou não querer algo, só para mais tarde mudarmos de ideias. Coisas de que fugíamos e das quais passamos a correr atrás, ou vice versa.

Na minha opinião, não tem mal nenhum mudarmos de opinião. Afinal, a impermanência faz parte de tudo na vida.

Para mim, "mau" é levarmos muito a sério o que sentimos e pensamos, dar-lhes muita importância, como se eles não estivessem sujeitos às leis da vida.

Na natureza, nada se perde, mas tudo se transforma. Tudo muda. Tudo passa... Até a vida! Mais uma razão para não nos levarmos tão a sério!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Hoje dediquei o dia às focas

É tudo uma questão de foco... Ou será de foca? hehehe

Focar em coisas boas, dá o mesmo "trabalho" que focar nas coisas menos boas. Deveria ser so uma questão de opção!

Bem, a verdade é que, em certos momentos, por mais que tentemos focar em tudo o que de bom temos, a mente foge para o lado negativo das coisas.

A minha opinião é que devemos ter a mesma atitude de observação perante todos os pensamentos, sejam eles bons, ou menos bons. Lutar contra os pensamentos, é uma batalha perdida. Ao lutarmos contra, estamos a focar a atenção neles, dando-lhes ainda mais força.

Aceitemos o momento, com tudo o que nos tráz. Afinal de contas, positivo ou negativo, depende da nossa interpretação.

Acima de tudo, positivo ou negativo, não há nada que não passe.

Mas a foca tem razão hehehe tudo aquilo em que focamos a atenção, cresce! Por isso, quando estivermos com espírito de mosca (que adora pousar na porcaria), há que aceitar, mas também, tentar transformar!

quinta-feira, 27 de março de 2014

Vivam as espreguiçadelas!!!!!!!!!!

E de manhã, não se esqueçam de espreguiçar!!! É o primeiro "alongamento" do dia! Faz bem e sabe ainda melhor.

E ao longo do dia, espreguicem também!

Já repararam como algumas das coisas mais básicas, como espreguiçar e bocejar, por exemplo, fazem parte da lista de "coisas-a-não-fazer-em-publico-porque-parecem-mal"? Como será que isto começou? Bem, o que interessa, é que deveria acabar.

O ser humano sempre a querer esconder a sua animalidade (menos naquilo que interessa!). De tal maneira, que muitos de nós já se esqueceram que, de facto, são animais.

Já agora, apesar de já não ter nada a ver com bocejos e espreguiçadelas, se o ser humano é uma espécie "superior", deveria ser responsável por proteger todas as outras e não, usar a sua relativa superioridade, para maltratar outros seres, além do próprio planeta...

E dizem que os racionais somos nós! Pois sim...

terça-feira, 18 de março de 2014

Dicas para Chaturanga Dandásana

Cá estão umas boas dicas para o Chaturanga Dandásana, uma posição em que muuuuuitos continuam a fazer batotice, apesar das constantes correções...

Uma coisa que nunca percebi é porquê que, apesar de constantemente dizer para pousarem os joelhos no chão, quando ainda não conseguem baixar o corpo todo ao mesmo tempo, muitos teimam em não o fazer e preferem fazer o que eu chamo de "flexão à minhoca". Sabem como é? Quando a bacia cai directa para o chão, depois a barriga e só depois chega o peito?

Mais uma vez, o ego a atrapalhar... Mais, não significa melhor, lembrem-se!

sexta-feira, 14 de março de 2014

Moleza ao sol

Praticar yoga ao sol sabe tão bem...  Às vezes, deixa-me cheia de energia e com vontade de mexer o corpinho. Outras vezes, deixa-me cá com uma moleza, que chego mais depressa à parte do relaxamento. 

Foi o caso de hoje. Claro, para além do sol, o facto de ter dormido menos que o habitual, de ter andado duas horas a pé com as patudas e de começar a praticar à hora a que devia estar a almoçar, também deve ter contribuído para a moleza...

Até encontrarmos o caminho do meio, tendemos a caminhar pelos extremos. Durante muito tempo, tanto as minhas práticas pessoais, quanto as minhas aulas, eram puramente "intuitivas", ou seja, não preparava nada previamente, não pensava no que ía fazer. Chegava o momento e, simplesmente, deixava fluir. Até tentava planear, por vezes, mas acabava por fazer tudo diferente.

Não deixei de seguir a minha intuição. Muito pelo contrário! No entanto, senti necessidade de um pouco mais de "planeamento". 

Hoje em dia, nas minhas práticas e nas aulas (as aulas são o reflexo das minhas práticas), sei onde quero chegar, tenho uma idéia do caminho, mas deixo espaço para responder ao momento. 

Gosto daqueles minutos iniciais das aulas, em que esperamos que todos entrem na sala, em que as pessoas vão conversando, rindo, etc. Não só é bom para descontraírem e conviverem um pouco, como me dá a hipótese de sentir o ambiente, perceber a energia da turma. E não é raro sentir que, o que eu tinha planeado para a aula, não tem nada a ver com o que os alunos precisam naquele dia. 

O mesmo se passa com as minhas práticas pessoais. Aliás, aconteceu hoje! Comecei a fazer a minha prática habitual, que me tem acompanhado nos últimos tempos, mas, a páginas tantas, senti que me estava a tentar encaixar numa prática que não era o que precisava hoje. Por isso, a meio, mudei de caminho. 

Não somos iguais todos os dias. Mudamos de momento a momento. Se somos energia e, se uma das suas características é o movimento, nós somos movimento constante. O que hoje é bom para nós, amanhã pode não ser. Há que respeitar... 

A flexibilidade começa dentro. Como podemos ter um corpo flexível, se por dentro formos rígidos? 

Há muitos anos atrás, tive a possibilidade de participar num workshop de alongamento e flexibilidade, com o Prof. Dr Estélio Dantas, organizado por uns alunos do FCDEF. Para ser sincera, lembro-me de pouco do que fizemos. Mas uma frase ficou gravada na minha mente: "Querem ter um corpo aberto? Comecem por ter uma cabeça aberta". Bem verdade!

Realmente, sempre que escrevo sobre a prática de yoga, lembro-me de tantas situações do quotidiano em que as mesmas lições se aplicam. Um dos desafios de que falo muitas vezes nas aulas, quando praticamos as posturas, é: corpo firme, mas descontraído; firmeza, sem qualquer rigídez; força, com suavidade. Para mim, é um desafio na prática de yoga e em tudo na vida.

E, quando começo a escrever, assim como quando começo a falar, as horas passam e eu vou pulando de assunto em assunto, sem descanso. Mas, como tenho que ir trabalhar, só mesmo por isso, vou parar por aqui!

Gosto sempre de colocar uma imagenzinha nos textos para dar cor. A que escolhi hoje, nem tem muito a ver com o que escrevi (ou terá?), nem tem muita cor, mas foi a que venceu o sorteio!

 Já agora, esta era a música ambiente!

quinta-feira, 13 de março de 2014

O Google não responde a tudo

A resposta às perguntas mais importantes, não se encontra no Google, nem em nenhum outro lado, a não ser dentro de cada um de nós.

Se não existe objecto observado, sem observador, ou seja, se este mundo exterior, que parece tão concreto e permanente, nada mais é que a projecção das idéias que temos sobre ele, nada mais é do que a materialização do nosso conteúdo mental, não deveríamos nós tentar perceber um pouco melhor que raio de conteudo é esse?

Se através de tudo aquilo em que acreditamos, todos os nossos pensamentos mais profundos, somos os criadores da nossa realidade, não deveríamos nós conhecer um pouco melhor a nossa mente?

Por mais longo que seja o caminho, começa com o primeiro passo. E o primeiro passo é simples: reservar uns minutos do dia, todos os dias, para parar, respirar e olhar para dentro, sem distracções externas (até porque já temos distracções internas que cheguem). E se tu disseres que não tens tempo para isso, então, és tu quem mais precisa parar!

Às vezes precisamos "perder tempo", para ganhar tempo.